terça-feira, 14 de junho de 2016

OFERTANDO EM TEMPO DE CRISE


1 Rs 17: 8 e 9 - Veio-lhe então a palavra do Senhor, dizendo: Levanta-te, vai para Sarepta, que pertence a Sidom, e habita ali; eis que eu ordenei a uma mulher viúva ali que te sustente.
 
Encontraremos nesta história momentos envolvendo três personagens: Deus, o profeta Elias e uma viúva - que nem o nome dela é citado, somente que ela é de uma localidade chamada Sarepta.

Deus dá um comando ao profeta, lhe dizendo para ir até a cidade de Sarepta e ficar lá. A promessa é que ele seria sustentado por uma viúva. 



  • SAREPTA - Lugar de fundição, que é o processo de colocar metal líquido em um molde com a forma desejada e depois deixar que resfrie e solidifique. A fundição fala de um processo de transformação onde determinado metal, sob altas temperaturas, muda sua forma e passar a ter a aparência projetada na fôrma.

O Nosso Deus é o Senhor, somos seus servos. Assim como Ele deu o comando para o profeta, hoje Ele nos manda ir ao lugar onde experimentaremos transformação. Elias obedeceu ao Senhor e foi ao encontro do que Deus havia preparado para ele, sem questionar ou até mesmo se demorar.

1Rs 17.10 e 11 - Levantou-se, pois, e foi para Sarepta. Chegando ele à porta da cidade, eis que estava ali uma mulher viúva apanhando lenha; ele a chamou e lhe disse: Traze-me, peço-te, num vaso um pouco d'água, para eu beber. Quando ela ia buscá-la, ele a chamou e lhe disse: Traze-me também um bocado de pão contigo.

O profeta começou sua fala de uma forma tímida, como se estivesse testando se era ela a pessoa designada por Deus. Depois de ver sua atitude da mulher ele pediu aquilo que foi buscar - o alimento, mas a viúva lhe expôs a sua condição limitada.


1Rs 17.12 - Ela, porém, respondeu: Vive o Senhor teu Deus, que não tenho nem um bolo, senão somente um punhado de farinha na vasilha, e um pouco de azeite na botija; e eis que estou apanhando uns dois gravetos, para ir prepará-lo para mim e para meu filho, a fim de que o comamos, e morramos.
 

A visão daquela mulher estava focada para a circunstância. Ela estava tomada pelo medo, já tinha entrado em desistência.

A cada dia somos testados na fé e na confiança em Deus. A história desta mulher pode ser igual a história de qualquer um de nós. Mas o treino proposto é o de crer que há nisso tudo uma provisão preparada para todos. A frase do profeta parece aumentar o nível do teste, mas ela também tinha o objetivo de conduzir a mulher para a tomada de decisão correta.


1Rs 17.13 e 14 - Ao que lhe disse Elias: Não temas; vai, faze como disseste; porém, faze disso primeiro para mim um bolo pequeno, e traze-mo aqui; depois o farás para ti e para teu filho. Pois assim diz o Senhor Deus de Israel: A farinha da vasilha não se acabará, e o azeite da botija não faltará, até o dia em que o Senhor dê chuva sobre a terra.
 

Aquela seca era um castigo pelo pecado e o abandono da fé. Ela durou três anos e meio. Elias já tinha passado cerca de um ano sendo alimentado pelos covos no ribeiro - mas até o ribeiro secou; ainda faltava em torno de dois anos e meio de tempos difíceis pela frente. A atitude certa para vencer a crise era a obediência. O profeta fez exatamente o que Deus lhe mandou fazer. A viúva também precisava fazer a sua parte, ofertar a sua porção antes de receber o que Deus havia preparado para ela.

Somos um corpo, quando todos fazem o que deve ser feito, a bênção alcança o conjunto na sua totalidade. A mulher fez primeiro o pão para o profeta e depois experimentou junto com seu filho e o homem de Deus a provisão contínua, pelo restante do tempo estabelecido para a seca.

1Rs 17.15 e 16 - Ela foi e fez conforme a palavra de Elias; e assim comeram, ele, e ela e a sua casa, durante muitos dias. Da vasilha a farinha não se acabou, e da botija o azeite não faltou, conforme a palavra do Senhor, que ele falara por intermédio de Elias.


Imagine por um ato de fidelidade o Senhor lhe garantir provisão neste nível. É como se hoje Deus dissesse: "Ainda tem trinta meses difíceis pela frente, mas, pela sua primícia Eu vou deixar resguardado uma quantia equivalente a trinta vezes o seu salário para lhe suprir por todo esse tempo.

  • PRIMÍCIA: É a primeira parte, o equivalente a um dia de trabalho, que deve ser entregue ao Sacerdote. 

Ez 44.30 - Igualmente as primícias de todos os primeiros frutos de tudo, e toda oblação de tudo, de todas as vossas oblações, serão para os sacerdotes; também as primeiras das vossas massas dareis ao sacerdote, para fazer repousar uma bênção sobre a vossa casa.
 

Não deixe de ser fiel por conta da crise. Não deixe de honrar aqueles que são autoridade sobre sua vida por conta de um momento delicado. Mude o discurso e a atitude e veja Deus tomar a sua causa e lhe suprir de forma extraordinária.
 
Pra Ana Cunha

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quarta-feira, 8 de junho de 2016

RETOMANDO DE ONDE PAREI



2Rs 8.3 a 6 - Mas ao cabo dos sete anos, a mulher voltou da terra dos filisteus, e saiu a clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras. Ora, o rei falava a Geazi, o moço do homem de Deus, dizendo: Conta-me, peço-te, todas as grandes obras que Eliseu tem feito. E sucedeu que, contando ele ao rei como Eliseu ressuscitara aquele que estava morto, eis que a mulher cujo filho ressuscitara veio clamar ao rei pela sua casa e pelas suas terras. Então disse Geazi: Ó rei meu senhor, esta é a mulher, e este o seu filho a quem Eliseu ressuscitou. O rei interrogou a mulher, e ela lhe contou o caso. Então o rei lhe designou um oficial, ao qual disse: Faze restituir-lhe tudo quanto era seu, e todas as rendas das terras desde o dia em que deixou o país até agora.

Então um dia os nossos olhos se abrem e a gente vê que chegou a hora de retomar, pois toda dificuldade que nos levou para longe de nossa base, por uma razão ou por outra, uma hora já cessou.

O nosso histórico não apaga porque nos afastamos de um lugar, as nossas sementes plantadas não param de cumprir sua missão por conta de nossa ausência. As coisas continuam acontecendo mesmo quando estacionamos no tempo.

A mulher sunamita foi orientada a sair de sua terra e quando voltou a sua história ainda estava sendo contada. O rei, que tinha autoridade para decidir sobre o futuro dela naquele contexto, determinou que ele seria restituída, inclusive na renda de sua propriedade.

Que seja assim com você, que os motivos que lhe impedem de avançar percam a força e você possa fazer o caminho de volta, para deste lugar entrar no tempo de maior prosperidade de toda a sua história.

Pra. Ana Cunha

terça-feira, 7 de junho de 2016

NASCIDOS PARA SERMOS LIVRES


Jo. 8:31 e 32 - "Jesus dizia, pois, aos judeus que criam nele: Se vós permanecerdes na minha palavra, verdadeiramente sereis meus discípulos; e conhecereis a verdade e a verdade vos libertará".

Conhecer a verdade é consequência da comunhão e do discipulado de Jesus. E este discipulado se efetua quando permanecemos em sua Palavra.
A liberdade é um direito de todo ser humano, concedida por Deus através do livre arbítrio, e pelos homens, através das legislações. Porém, alguns acontecimentos podem comprometer este precioso direito e arrancar dos homens a liberdade e jogá-los no cárcere.

A vida de quem está preso é isolada, limitada a um território muito curto de trânsito. Nada pode ser gerado e nem produzido, nem descendência. Não tem como sequer se sustentar, tendo sua prosperidade roubada. Não pode crescer nem se desenvolver. Assim também ocorre com as prisões espirituais, que nos impede de nos multiplicarmos, de sermos prósperos e de viver os projetos de Deus para nós. Quando José estava na prisão, embora Deus estivesse sempre com ele, lá ele não podia constituir família e nem prosperar.

Ao longo da história humana percebe-se várias formas de se perder a liberdade:


1. SER SEQUESTRADO

Uma pessoa sequestrada é retirada de seu mundo de forma violenta e sem escolha e só ganhará novamente a liberdade se o resgate por ela for pago, se ela fugir ou ainda, se o sequestrador a liberar.

Um dia fomos sequestrados e aprisionados por nosso inimigo, do qual não tínhamos condições de fugir nem tão pouco ele de nos liberar. Mas Jesus pagou o nosso resgate e nos restituiu à liberdade. Hoje somos livres em Jesus por causa do preço que Ele pagou por nós.


2. PERDER AS GUERRAS

Na Antiguidade quem perdia uma guerra se tornava escravo do vencedor. Em nossa caminhada enfrentamos muitas guerras, mas o Senhor está conosco em cada uma e para cada uma nos dá estratégias específicas para vencê-las. Isso acontece em nosso momento comunhão com Ele e com os irmãos, mas quando nos afastamos de Deus e de sua igreja e escolhemos guerrear sozinhos, com a força de nosso braço, perdemos a guerra. Neste contexto, o nosso direito à liberdade é entregue a quem nos venceu, ou seja, a nosso inimigo, ao nosso opositor.


3. CONTRAIR DÍVIDAS

Em sociedades antigas, dívidas que não eram pagas se transformaram em direito para o credor tomar a liberdade de quem lhe devia. Temos para com Deus uma dívida imensa e impagável, que é a da vida de pecado, rebeldia e desonra para com Ele, o Criador. Nossa falta de condição de pagar essa dívida nos fez escravos do pecado e de Satanás, retirando de nós nossa liberdade de escolha.


4. PRATICAR DELITOS

Atualmente, se uma pessoa infringe a lei e é condenada à prisão, ela é presa e só sai de lá mediante fiança (resgate) ou cumprimento de pena. Nós também cometemos diversos delitos que infringiram os princípios do Criador e nos aprisionaram, mas Jesus pagou nossa fiança e nos deu soltura, ou seja, nos devolveu a liberdade.


5. SER ALVO DE INJUSTIÇA

Podemos encontrar na Palavra uma série de homens que foram presos de forma injusta, como José, Pedro, Paulo, dentre outros. Entretanto, mesmo de forma injusta, a condição do cativo não é diferente de quem estar lá porque deve estar. Por isso devemos estar em constante vigilância.

Prisioneiros pela obediência ao Senhor têm a vantagem de não serem abandonados por Deus, muito pelo contrário, Ele é o Justo Juiz, que julga nossa causa, nos defende e nos garante vitória e libertação.

Existem diferentes níveis de prisão, mas todas elas nos tiram do projeto de Deus para nós, que é o de vida plena:

Algumas prisões são solitárias, algumas são de segurança máxima. Nestas não há dúvida alguma de que os presos estão presos, nem pra ele nem para quem o vê. Como os endomonhiados que Jesus libertava e tinha todas as características de cativos. Estes geralmente, tão conscientes que são de sua condição de cativo, querem ser libertos, pois a prisão deles é muito violeta e os expõe terrivelmente.

Existem também prisões moderadas, onde o preso é identificado como preso, pois ele realmente está no cárcere, mas ele parece não reagir mais àquela situação e já ter acostumado com ela. Isso também ocorre na vida espiritual e se chama “iniquidade”, que é o pecado que se repete tantas vezes, que já enraizou no coração e tornou-se normal na mente de quem o pratica, não havendo mais arrependimento nem tampouco mudança de comportamento.

Há ainda a liberdade em condicional. O indivíduo parece livre, caminha como livre, se movimenta, trabalha, vai e volta, estuda, tem uma vida aparentemente normal, mas a noite muitos voltam pra dormir na prisão e outros, que não voltam, podem voltar para a prisão a qualquer momento. A Bíblia também nos identifica situações assim e as chama de terrores noturnos, que prendem o crente e o impedem de ser verdadeira e integralmente livres. 

Sl.91:5 - "Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia".
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia
Salmos 91:5
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia,.
Salmos 91:5
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia
Salmos 91:5
Não terás medo do terror de noite nem da seta que voa de dia
Salmos 91:5

Esta noite, que representa o momento do retorno à prisão é um daqueles momentos difíceis da vida, onde a pessoa se sente cansada, desanimada, sonolenta e com dificuldades de enxergar, características próprias do momento que vem depois que o sol se põe e a escuridão cai sobre nós.

Ainda há no mundo espiritual algumas pessoas que sequer sabem que estão cativas, pois não têm a dimensão da verdadeira liberdade em Cristo. Têm, uma vida sofrida, limitada, mas não entendem que isto se deve à condição de cativeiro.

E há também aquelas que não querem ser libertas, pois a posição de cativas lhes é cômoda. Na prisão não há esforço para nada, não se prospera, mas se sobrevive, sem ter que trabalhar nem buscar melhores condições, nada muda na prisão e isto acomoda muitas mentes ao lugar e leva muitos a não sentirem necessidade de quererem sair de lá.

É certo que o ser humano foi criado livre e a prisão não é parte do projeto de Deus para nós. E é certo que nenhum homem deseja estar preso, a prisão é consequência dos atos que em liberdade tomamos e depois nos aprisiona e nos rouba a capacidade de escolher novamente. Mas Jesus veio nos libertar de toda a estrutura do império das trevas, através de sua obra redentora na cruz do Calvário, nos devolvendo ao nosso estado original de liberdade, tal qual fomos criados.

Cl 1:13 - "O qual nos tirou da potestade das trevas, e nos transportou para o reino do Filho do seu amor".
 
Em Cristo, que é a Verdade, somos realmente libertos para viver um novo tempo, um novo Caminho em verdade, vida plena e em libertação, sob a condição de podermos fazermos escolhas livremente e tomarmos decisões acertadas, de acordo com o propósito de Deus para nós, que é sempre bom, perfeito e agradável!

Que possamos viver esta nova vida em Cristo, vida de libertação e possamos nos esforçar para mantermos esta liberdade e usufruirmos do melhor que ela tem para nós.

Flávia Rodrigues Lima da Rocha